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segunda-feira, 3 de maio de 2010

GHQ - ENTREVISTA COM WANDERLINE

Diário de Eni – em 2008, o quadrinho potiguar estava sendo bastante falado, tinha um edital para sair pela fundação Jose Augusto, premiando histórias em quadrinhos em diversas categorias, então, Milena Azevedo entrevista Wanderline para o site GHQ.
Wanderline Freitas é um versátil artista plástico, quadrinista e professor de desenho potiguar. Nasceu em Assu, interior do Rio Grande do Norte, mas se considera mesmo cidadão São Rafaelense. Recentemente participou de uma exposição no Centro de Estudos e Biblioteca Escolar Professor Américo Costa Oliveira (CEBE), a qual reunia 32 de seus trabalhos, em técnicas diversas. E ele não pára de produzir, está sempre criando algo novo.
Quem quiser ver mais trabalhos de Wanderline, é só ir ao seu blog Tempo de Arte.

Vida de artista já não é tão fácil, e para alguém que nasceu numa cidade do interior nordestino, as coisas se complicam um pouco mais, mas você, Wanderline, humildemente foi aprendendo com quem se dispunha a ensiná-lo (serigrafia, desenho, pintura) e hoje virou professor. Quem mais lhe estimulou a seguir esse caminho e a não desistir do seu sonho?
Acredito que o maior estímulo veio dos meus pais, eles sempre elogiavam o que eu fazia (por mais feio que fosse). Depois, dos meus amigos, que até começaram a desenhar para fazer o que eu fazia (e olhe que eu comecei fazendo o que meu irmão Wolclenes, mais novo que eu cinco anos, fazia) foi um “efeito dominó”.

Além de artista plástico, você escreve, desenha, arte-finaliza e colore HQs. Pra você, existe uma diferença muito grande entre esses dois campos artísticos? E o que lhe dá mais prazer em criar?
Sinceramente não vejo muita diferença entre as áreas, não. Eu sempre vejo tudo como arte (e por isso faço um quadrinho muito pessoal, usando mais a imaginação do que réguas ou regras de desenho), e vou criando de acordo com o que me faz bem ver, ler ou ouvir.

Na maioria dos seus trabalhos com quadrinhos é constante uma presença musical, principalmente de Lulu Santos. Até que ponto a música lhe influencia no processo criativo?
As musicas do Lulu fizeram parte de minha adolescência, grandes momento foram embalados por suas canções, sempre que ouço uma boa música (não só do Lulu) imagino ela colocada em uma HQ, como plano de fundo,; afinal, quem de nós não teve uma canção (ou várias) como tema?

Você também tem alguns trabalhos desenvolvidos com parcerias, como Roberto Flávio (Beto Potyguara), seus irmãos Wagner e Wolclenes, Miguel Rude e Milena Azevedo (essa que lhe entrevista). Você se sente mais à vontade dividindo “o peso” da obra com outros autores?
Com esses que venho trabalhando sim, pois eles me deixam muito à vontade em relação à arte que quero fazer para seus trabalhos. Meu irmão Wolclenes desenha as histórias de Beto, eu as arte finalizo e faço a diagramação (também em histórias de Wagner) e eles gostam; Miguel da ótimas idéias para minhas histórias (Eni Guimá e Winblack) e tenho desenhado algumas páginas para ele que o estão agradando; quanto a Milena (essa que me entrevista) gosto muito do que ela escreve e nossa parceria é a que mais tem dado frutos (se não me engano já quadrinizei 3 histórias). Acho super legal esse tipo de parceira, afinal a união faz a força (quem dera houvesse mais união que desorganização).Eni-guimá: o diamante Vale-ouro foi sua primeira HQ independente (e a tiragem está esgotada). Você tem mais HQs prontas, só esperando uma oportunidade de patrocínio. Acredita que o prêmio Moacy Cirne (da Fundação José Augusto) viabilize esses projetos ou você pretende novamente bancar (junto com alguns amigos) as edições dessas HQs?
Sim, de Eni Guimá tenho duas (sem contar um livro ilustrado), de WinBlack (que teve a 1ª história publicada na Brado Retumbante n. 5) tem mais uma, fora um conto de 4 páginas. Finalizei a pouco um romance (Amigos, Amantes, Amores) e alguns contos com média de 4 páginas, que dei o nome de Cotidiano. Acredito que o prêmio Moacy Cirne vai ser muito bom para o quadrinho potiguar, fazendo com que as pessoas vejam que temos potencial e gente para a área (falta profissionalismo) que sua divulgação traga editoras (ou empresas) que queiram investir nos trabalhos já prontos (e aí entram os meus os seus e de muitos outros que sabemos existir). Existe espaço para todos, afinal ninguém é, ou faz, igual ao outro e muitos querem ver o nosso trabalho; agora, não temos como mostrá-lo sem patrocínio.
Entrevista realizada por e-mail, no dia 24/08/2008.

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